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Ex-primeiro-ministro da Tailândia pede revolução

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O ex-primeiro-ministro da Tailândia Thaksin Shinawatra, deposto em 2006, clamou por uma revolução neste domingo (12/04), após fortes protestos terem paralisado a capital, com manifestantes confiscando ônibus públicos e uma multidão enfrentar veículos militares depois que o governo declarou estado de emergência. Grupos contra o governo vestindo camisas vermelhas circulavam pelas ruas de Bangcoc e atacaram inclusive o carro que transportava o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva e sua equipe. Pelo menos 10 cruzamentos foram ocupados pelos manifestantes, que usaram ônibus para interromper o tráfego em diversas ruas, congestionando a cidade. Segundo o chefe da policia local, Vichai Sangparpai, as autoridades conseguiram dispersar pelo menos 30 mil manifestantes em toda a cidade. Shinawatra, considerado pela maior parte dos manifestantes como seu líder, clamou por revolução e disse que poderia retornar do exílio para liderá-la. "Agora que eles têm tanques nas ruas é o momento para o povo começar a revolução. E quando isso é necessário, eu retornarei para o país", disse em mensagem por telefone aos seus seguidores que cercaram o escritório do primeiro-ministro. As tensões políticas tem crescido no país desde que Shinawatra foi deposto por um golpe militar em 2006, em meio a acusações de corrupção e abuso de poder. A declaração de estado de emergência impede a reunião de mais de cinco pessoas, proíbe a divulgação de notícias que forem consideradas uma ameaça a ordem pública e permite ao governo chamar tropas militares para manter a ordem. O porta-voz do Exército, Sansern Kaewkamnerd, disse que os soldados e a Polícia estão seguindo para mais de 50 pontos-chave na cidade, incluindo estações de ônibus e trens. Segundo ele, a presença militar não é um sinal de golpe iminente - uma característica comum da história política da Tailândia. O governo de Abhisit passou por uma grande humilhação no sábado, quando não conseguiu conter centenas de manifestantes que invadiram a sede da 16ª Cúpula dos Países Asiáticos (Asean). O evento foi cancelado e os chefes de Estado presentes tiveram de deixar o local de helicóptero. Hoje havia sinais de que o governo novamente não seria capaz de conter os manifestantes.