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Quase 10 mil pessoas vão às ruas na Moldávia para denunciar 'ditadura comunista'

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Quase 10 mil simpatizantes da oposição moldávia protestaram neste domingo (12/04) em Chisinau contra a "ditadura" dos comunistas, vencedores das legislativas de 5 de abril, enquanto as autoridades admitiam a morte de um jovem nos tumultos de terça-feira. "Abaixo os comunistas", "Democracia para a Moldávia", clamaram os manifestantes reunidos diante da sede do governo, sob os olhares de muitos policiais. Os manifestantes também denunciaram a detenção e o espancamento de vários jovens durante os protestos de terça-feira, que culminaram com a destruição dos edifícios da presidência e do Parlamento. "Centenas de jovens inocentes foram detidos e espancados pela polícia", declarou o líder do Partido Liberal Democrata, Vlad Filat. Um jovem que participou das manifestações faleceu na madrugada de quarta-feira, anunciaram seus pais neste domingo. A informação foi confirmada pela polícia e pelo Ministério Público. Os pais de Valeriu Boboc, 23 anos, disseram ter recuperado o corpo de seu filho cheio de marcas de espancamento no necrotério de Chisinau. Alla Meleka, porta-voz da polícia moldávia, confirmou a morte do jovem, mas alegou que ele faleceu por causa do gás utilizado para dispersar os manifestantes. O MP mencionou um "envenenamento por uma substância de origem desconhecida" e se disse disposto a ordenar uma perícia internacional. A manifestação deste domingo transcorreu sem maiores problemas. A pedido do presidente comunista da Moldávia, Vladimir Voronin, a Corte Constitucional ordenou neste domingo a recontagem dos votos das eleições legislativas de 5 de abril. "A comissão eleitoral central tem nove dias para recontar os votos", declarou à imprensa o presidente da Corte, Dmitri Pulbere.