O USS Bainbridge, um navio de guerra da Marinha dos EUA, chegou à zona onde um cargueiro americano foi atacado por piratas, na costa da Somália, informou nesta quarta-feira (8/4) à AFP um alto funcionário da Defesa.
O funcionário não revelou qualquer detalhe da operação, na qual o navio de guerra tentará resgatar o capitão do cargueiro, Richard Phillips, que está em poder dos piratas.
Os piratas somalis atacaram na madrugada de quarta o porta-contêineres "Maersk Alabama", cuja tripulação conseguiu repelir o ataque, mas o comandante do navio foi levado pelos agressores.
Segundo o imediato do cargueiro, Ken Quinn, os piratas levaram o capitão Phillips em um bote salva-vidas "para exigir um resgate".
A tripulação do "Maersk Alabama" tinha informado por telefone que tentaria "deter os piratas" até a chegada do navio de guerra americano.
Com três navios e cerca de mil homens, a Marinha americana (US Navy) lidera uma força tarefa, com a participação de mais de 20 países, para combater a pirataria no Golfo de Aden.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, manifestou sua "profunda preocupação" com o ataque pirata a um navio americano, e conclamou uma ação internacional contra a pirataria.
"Estamos profundamente preocupados e acompanhamos isto muito de perto", revelou Hillary Clinton em Washington, após um encontro com o ministro marroquino de Relações Exteriores, Taieb Fassi-Fihri.
Hillary Clinton disse que o departamento de Estado está "concentrado neste ato de pirataria em particular", mas destacou que o mundo "precisa se reunir para acabar com a onda de pirataria".
Os atos de pirataria a partir da costa da Somália, país em guerra civil desde 1991, atingiram mais de 130 navios no ano passado, segundo o Bureau Marítimo Internacional.