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Ex-nazista pode ficar nos EUA até ser julgada a apelação

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John Demjanjuk, apontado como um guarda nazista durante a Segunda Guerra Mundial, poderá ficar nos Estados Unidos até que seja julgado seu pedido de apelação contra uma extradição para a Alemanha, onde é suspeito do assassinato de prisioneiros judeus, informaram funcionários americanos nesta quarta-feira (08/04). "No momento, este é um assunto para os tribunais", disse Pat Reilly, porta-voz da US Immigration and Customs Enforcement (ICE), a agência de Imigração e Alfândega americana. "Quando não houver mais recursos legais, o extraditaremos", assegurou. Demjanjuk, de 89 anos, que sofre de leucemia, apelou na terça-feira da decisão de um juiz federal de imigração na véspera de os Estados Unidos o enviarem à Alemanha, que quer julgá-lo pelo assassinato de pelo menos 29.000 judeus. Familiares de Demjanjuk entraram também com um recurso na Alemanha para que o governo revise o pedido de extradição. "Tentamos deter o que consideramos uma série de ações desumanas", declarou à AFP seu filho John Jr. "Não existe nenhuma possibilidade de meu pai comparecer a um julgamento na Alemanha", acrescentou. "Se for expulso (...) passará seus últimos dias num hospital alemão, não comparecendo a um tribunal". A Alemanha expediu a ordem de detenção no dia 11 de março. Nos Estados Unidos, onde chegou com a família, nos anos 50, Demjanjuk, de origem ucraniana, se instalou em Cleveland (Ohio, norte). A justiça retirou-lhe a nacionalidade americana em 2002, e desde 2005 era objeto de um processo de expulsão. Demjanjuk é suspeito "de ter trabalhado no campo de extermínio de Sobibor, hoje, Polônia, entre 27 de março e final de setembro de 1943, tendo ajudado a assassinar pelo menos 29.000 judeus", segundo a justiça de Munique.