O julgamento do suposto líder de um grupo de soldados americanos que estuprou e matou uma adolescente de 14 anos e massacrou toda sua família começou nesta segunda-feira (6/4) nos Estados Unidos.
Steven D. Green, que fora expulso do Exército americano por "distúrbios da personalidade" antes que o massacre seja descoberto, está sendo julgado por um tribunal civil de Kentucky (centro-leste dos EUA), e pode ser condenado à morte.
Outros três soldados já foram condenados por uma corte marcial à prisão perpétua e um quarto, que não participou diretamente da ação, pegou dois anos e três meses.
Green é suspeito de ter incentivado e liderado seus colegas nesta operação criminosa, perpetrada numa noite de março de 2006.
Os cinco homens teriam planejado o crime bebendo uísque e jogando cartas em um posto de controle de Mahmudiyah, 30 km ao sul de Bagdá.
O soldado Green disse a seus amigos que queria "invadir uma casa e matar iraquianos", segundo um dos militares julgados.
Os soldados, que pretendiam "manter relações sexuais com uma mulher iraquiana", escolheram como alvo uma adolescente de 14 anos, sabendo que o pai dela era o único homem da casa, onde também moravam sua mãe e sua irmã de seis anos.
Segundo o depoimento de um dos soldados, dois deles estupraram a jovem, e escutaram em seguida quatro ou cinco disparos no quarto onde Green tinha levado o pai, a mãe e a menina de seis anos.
Steven Green estuprou então a adolescente, antes de matá-la.
Depois disso, os soldados incendiaram a casa com querosene e voltaram a seu posto de controle, a cerca de 200 metros dali.
Green é julgado por um tribunal civil porque já não integrava mais o exército quando seus cúmplices foram julgados por uma corte marcial.