Forças afegãs e da coalizão que atua no país mataram 12 militantes e um civil em Logar, província ao sul da capital Cabul, numa ação que também contou com ataques aéreos, informou hoje (03/04) o chefe da polícia provincial, Mustafa Mosseini. De acordo com ele, os militantes recorreram a uma tática comum no Afeganistão: eles se abrigaram numa casa civil. Uma mulher foi morta durante os confrontos. Já no leste do país, um integrante das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi morto em circunstâncias não divulgadas pela entidade.
A morte de civis é a fonte de desavenças entre as forças militares do oeste e o presidente Hamid Karzai, que pediu à Otan e aos Estados Unidos que reduzam o número de civis mortos em combate. O principal comandante da Otan no Afeganistão, general David McKiernan, já deu ordens a seus subordinados em terra para que considerem a possibilidade de abandonar um confronto se civis estiverem em perigo.
Ainda hoje, uma bomba colocada à margem de uma estrada na Província central de Ghazni matou quatro trabalhadores da construção civil. Além deste caso, um confronto entre militantes e a polícia em outro local da província deixou dois militantes mortos, disse o policial Ghulam Zekria.
Comandantes norte-americanos disseram que acreditam que a violência no Afeganistão vai aumentar este ano - 2008 foi o mais mortífero para as tropas dos EUA desde a invasão do país em 2001. O presidente norte-americano, Barack Obama, ordenou o envio de mais 21 mil soldados ao país para ampliar o contingente de 38 mil que já lutam contra a insurgência