O advogado americano de John Demjanjuk, que trabalhou como guarda de campos de extermínio nazistas, acusado de ter colaborado no assassinato de pelo menos 29.000 judeus e reclamado pela justiça alemã, apresentou um recurso de urgência para evitar sua extradição, que compara a uma "tortura".
John Demjanjuk, de 89 anos, de origem ucraniana, deve partir no domingo de Cleveland (Ohio, centro), onde mora, desprovido de sua nacionalidade americana, para ir a Munique, onde será entregue às autoridades judiciais da Alemanha, segundo seu advogado alemão.
Seu defensor nos Estados Unidos, John Broadley, disse à AFP ter apresentado na quarta-feira um recurso administrativo ao departamento de Segurança Interna, com o objetivo de adiar sua extradição. Nesta quinta, também apresentou um recurso de urgência a um tribunal especializado em imigração.
Estes recursos foram formulados "levando em consideração sua saúde frágil e com base no fato de que a angústia e a dor de ser preso, encarcerado e julgado na Alemanha podem ser semelhantes a tortura, nos termos da convenção contra a tortura", afirmou Broadley. Seu cliente é "um homem muito idoso", acrescentou.
Demjanjuk é acusado de ter servido "voluntariamente" aos nazistas em campos de extermínio e de concentração, como Sobibor e Majdanek, na Polônia. Ele chegou aos Estados Unidos no começo dos anos 50 com a família e se instalou em Ohio.