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UE quer reforçar ação civil para ajudar Obama no Afeganistão

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Os chanceleres da União Europeia (UE) disseram, nesta sexta-feira (27/03), que estão dispostos a aumentar a ação civil no Afeganistão para apoiar a nova estratégia do presidente americano, Barack Obama, nesse país, em uma reunião em Hluboka nad Vltavou (sul da República Tcheca). "Estamos dispostos a fazer mais", declarou o ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, cujo país preside a UE, ao chegar ao castelo de Hluboka, onde acontece a reunião que coincidiu com o anúncio do novo plano do presidente Barack Obama para eliminar a rede Al-Qaeda do Afeganistão e do Paquistão. Hoje, Obama prometeu varrer os terroristas de seus refúgios no Paquistão e advertiu que a Al-Qaeda está planejando novos ataques, ao anunciar o envio de mais 4.000 soldados para treinar o Exército afegão, além dos 17.000 homens cuja mobilização já foi autorizada. Obama também pediu aos aliados dos EUA mais ajuda civil no Afeganistão, assim como instrutores para as forças de segurança afegãs. Nesse sentido, a UE já deu a entender que se comprometerá a enviar observadores para as próximas eleições afegãs e a aumentar sua missão de formação da polícia desse país dos atuais 250 para 400 instrutores. O chanceler francês, Bernard Kouchner, lembrou hoje que França, Espanha e outros quatro países europeus (Itália, Holanda, Portugal e Romênia) estão dispostos a enviar elementos para reforçar a polícia afegã. Presente no encontro, a comissária europeia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, deu a entender que a UE anunciará um aumento de sua ajuda financeira para esse país, na Conferência sobre Afeganistão, que acontecerá em Haia, na próxima terça. "Vamos contribuir para um aumento da ação civil, tendo mais dinheiro disponível. É possível que anuncie um valor" na conferência de Haia, destacou Ferrero Waldner. Segundo o chanceler britânico, David Miliband, a nova estratégia americana permitirá "equilibrar os aspectos militares e civis", assim como considerar Afeganistão e Paquistão como um conjunto, e não como problemas separados. "A União Europeia tem um papel, um trabalho importante a fazer no Afeganistão, no campo policial, e no Paquistão, no aspecto econômico", afirmou. Na mesma sintonia, seu homólogo italiano, Franco Frattini, garantiu que a UE "deve fazer mais" para melhorar a segurança mundial, destacando que a Itália está disposta a aumentar sua colaboração para treinar a polícia afegã e apoiar as eleições nesse país, previstas para agosto. "O que o presidente Obama está sugerindo é o que a Itália sempre disse: precisamos de um enfoque regional que inclua Paquistão e Afeganistão, precisamos treinar a polícia afegã e as forças de segurança e temos de fazer um apelo no sentido da responsabilidade do presidente (afegão, Hamid) Karzai", frisou.