Um ex-guarda nazista de 83 anos de idade, que participou do massacre de 8.000 judeus na Polônia em 1943 e obteve a cidadania americana depois da Segunda Guerra Mundial, foi expulso nesta quinta-feira (19/03) para a Áustria, anunciou o departamento de Justiça.
Josias Kumpf fugiu da Áustria em 1956, obtendo em 1964 a nacionalidade americana, informou o departamento em um comunicado.
Em 2003, depois de investigar suas ações durante a guerra (1939-1945), o governo pediu à justiça que cassasse sua cidadania, o que aconteceu dois anos depois, em 2005.
"A decisão judicial de expulsá-lo é uma nova e importante etapa do incessante esforço do governo para garantir que pessoas que participaram de crimes contra a humanidade não encontrem refúgio neste país", declarou Rita Glavin, representante do departamento.
Segundo a investigação das autoridades, Kumpf, nascido na Sérvia, trabalhou como oficial das SS no campo de concentração de Sachsenhausen, na Alemanha, em outubro de 1942. Depois, foi transferido para o campo de trabalhos forçados de Trawniki, na Polônia.
Em 2003, o próprio Kumpf reconheceu ter colaborado em uma operação nazista que resultou na morte de 42.000 judeus em dois dias em três campos da Polônia oriental. No massacre, Kumpf participou pessoalmente do assassinato de 8.000 judeus, entre eles 400 crianças.