YAUNDE - O Papa Bento XVI declarou ao descer do avião que o levou à primeira viagem à África, no aeroporto de Yaunde, Camarões, trazer "mensagem de esperança" ao continente mais pobre do planeta.
Recebido pelo presidente Paul Biya, o Papa destacou que "aqui na África" como em numerosos países do mundo, "os homens e as mulheres aspiram a ouvir uma palavra de esperança e de reconforto".
"Ante o sofrimento, a violência, a pobreza, a fome, a corrupção, o abuso de poder, um cristão não pode jamais permanecer silencioso", declarou Bento XVI.
Evocou "os conflitos regionais" que devastam a África, "o tráfico de seres humanos (...) como nova forma de escravidão" assim como "a falta de produtos alimentares", "a crise financeira" ou "as desordens causadas pela mudança climática" que afetam a África "de forma desproporcional" em relação ao restante do mundo.
A Igreja não vem propor aos africanos "novas formas de opressão econômica ou política" ou "modelos culturais ignorando os direitos dos que ainda não nasceram", disse.
Ela também não procura atiçar "rivalidades étnicas ou entre religiões", mas oferecer "a paz e a alegria do reino de Deus", destacou.