SANKT POLTEN - O austríaco Josef Fritzl, conhecido como o 'monstro' de Amstetten, cujo julgamento teve início nesta segunda-feira (16/03) em Sankt Polten, se declarou culpado de incesto, estupro e sequestro, mas inocente das acusações de assassinato e escravidão.
As acusações de incesto, estupro e sequestro podem acarretar em uma pena máxima de 15 anos.
Fritzl, 73 anos, que teve sete filhos com uma filha durante 24 anos de abusos sexuais, negou a responsabilidade na morte de um dos recém-nascidos no porão do prédio de Amstetten onde mantinha a vítima encarcerada.
A acusação de assassinato pode levar a uma pena de prisão perpétua.
O acusado também se declarou inocente de escravidão, acusação utilizada pela primeira vez na Áustria, por ter tratado a filha "como uma propriedade", e de assalto com agravantes por ter ameaçado seus prisioneiros com um gás em caso de desobediência.
Cercado de seis policiais, Fritzl, de 73 anos, chegou ao tribunal escondendo o rosto atrás de uma pasta de arquivo azul.
O advogado de defesa, Rudolf Mayer, já afirmara que não aceitava a acusação de assassinato por não reconhecer a responsabilidade do cliente na morte de um dos sete filhos do incesto, um recém-nascido que faleceu por falta de cuidados médicos no porão pouco depois do parto em 1996.