Congressistas americanos apresentaram nesta terça-feira ao Senado e à Câmara dos Representantes um projeto de lei para facilitar a criação de sindicatos nas empresas, anunciaram as duas câmaras à imprensa.
De acordo com os membros da maioria democrata que apresentara o projeto, a ideia é ajudar os trabalhadores a negociar aumentos salariais e melhorar as condições de trabalho.
"O projeto de lei é uma etapa crucial no restabelecimento de nossa economia", declarou o senador Edward Kennedy, que apoia o texto.
Os trabalhadores americanos podem formar sindicatos desde 1935, mas são sujeitos a pressões de seus empregadores, que podem utilizar seu direito de veto.
"Os salários dos americanos estagnaram ou diminuiram nos dez últimos anos. Há muito tempo que vemos presidentes e acionistas se servir em detrimento dos trabalhadores", denunciou o democrata George Miller, presidente da comissão da Educação e do Trabalho da Câmara dos Representantes.
O projeto permite aos trabalhadores que conseguirem o apoio de pelo menos metade dos funcionários da empresa criar um sindicato. Ele prevê sanções mais pesadas para os patrões que demitirem ou discriminarem trabalhadores por causa de suas atividades sindicais.
Os democratas do Congresso ainda estão divididos sobre o texto. No Senado, os líderes da maioria podem ter dificuldades para reunir os 60 votos necessários à aprovação do projeto de lei.