Se você é homem, tem mais de 50 anos e não larga o sedentarismo, aproveite o fim de semana para começar a mudar de hábito. Uma corrida pelo Parque da Cidade ou uma caminhada pelo Eixão podem garantir uma vida mais longa e saudável. É o que garante um estudo realizado pela Universidade de Uppsala, na Suécia, e publicado ontem na revista científica British Medical Journal.
Entre 1970 e 1973, a ortopedista Liisa Byberg e oito colegas selecionaram 2.205 homens de 50 anos de idade. Todos os voluntários foram reexaminados pela equipe quando completaram 60, 70, 77 e 82 anos. Os objetivos da pesquisa eram analisar como as mudanças nas atividades físicas na idade madura influenciam na taxa de mortalidade e comparar esses dados com os efeitos do abandono do tabagismo.
Os cientistas perceberam que os homens que começaram a praticar exercícios de modo mais intenso entre os 50 e 60 anos continuaram a apresentar uma taxa mais alta de mortalidade nos cinco primeiros anos de acompanhamento. Porém, 10 anos depois, a manutenção da atividade física foi associada a uma redução na taxa de mortalidade comparada à registrada entre homens que sempre foram adeptos de alta carga de trabalho muscular e cardíaco.
Além disso, a redução nas mortes entre os praticantes de exercícios físicos cada vez mais intensos foi parecida com a observada nos homens que abandonaram o tabagismo. ;Já foi provado que pessoas jovens se beneficiam de exercícios, mas é a primeira vez que fomos capazes de mostrar que os mais velhos também podem obter vantagens, ao aumentar suas atividades físicas;, afirmou Liisa à agência de notícias Reuters. ;Nunca é tarde para começar.;
Avanço contra a distrofia
Um procedimento experimental que fortalece consideravelmente a habilidade das células-tronco de regenerarem tecidos danificados pode ser a nova esperança para os portadores de doenças como miopatia e distrofia muscular. Cientistas da University of New South Wales, na Austrália, conseguiram retomar o crescimento dos músculos de ratos e garantiram que a técnica será aplicada a todas as doenças de tecidos humanos, como males do fígado, do pâncreas ou do cérebro. Os médicos adaptaram um método usado atualmente no transplante de medula óssea. Eles adicionaram às células-tronco adultas um gene que as torna resistentes à quimioterapia. O mesmo gene também limpa as células danificadas e permite a formação de novas células-tronco. Os resultados do estudo foram publicados na revista Stem Cells.
;A beleza dessa técnica é que a quimioterapia abre espaço para que as células-tronco se desloquem até o músculo. É a primeira estratégia na batalha para curar tecidos doentes;, afirmou Peter Gunning, líder da pesquisa, ao site Science Daily. ;O que estava no reino da ficção científica se parece cada vez mais como a medicina do futuro;, acrescentou. O método resolve um dos principais problemas que envolvem o tratamento com células-tronco ; fazer com que as células sobrevivam por mais de uma hora após inseri-las no tecido danificado. Os testes clínicos com pacientes portadores de distrofia muscular devem começar entre 2012 e 2014.