HARARE - A epidemia de cólera no Zimbábue fez mais de 4 mil mortos desde agosto e deixou doente pelo menos 85 mil pessoas, declarou nesta quinta-feira (05/03) o novo primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, que admitiu que estas cifras são "dramaticamente subestimadas".
"Esses dados estão, sem dúvida, dramaticamente subestimados devido aos casos e mortes não comunicados", afirmou o ex-líder opositor, para quem a epidemia é um "trauma nacional".
O sistema sanitário do Zimbábue, outrora um dos melhores da África, está em ruínas. Médicos e enfermeiras fizeram uma greve durante muitos meses para reclamar melhorias nas condições trabalhistas e um aumento do salário frente à hiperinflação no país.
O pessoal médico retomou o trabalho há três semanas quando Tsvangirai aceitou formar um governo de coalizão com o partido do presidente, Robert Mugabe, mas continua sem medicamentos nem material para atender os doentes.