WASHINGTON - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deixou Washington sábado para um giro no Oriente Médio e na Europa destinado a selar a reconciliação entre Aliados e promover o espírito de cooperação do presidente Barack Obama com suas duas regiões.
A antiga primeira-dama dos Estados Unidos, que visita pela primeira vez estas duas regiões como chefe da diplomacia americana, participará na segunda-feira, em Sharm El-Sheik, no Egito, da conferência dos doadores para a reconstrução da Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos têm a intenção de anunciar uma contribuição "generosa" a esta conferência, segundo George Laudato, administrador do Oriente Médio da agência americana para a ajuda internacional. Segundo a imprensa, ela deve chegar a quase 900 milhões de dólares.
Em Bruxelas, quinta-feira, Clinton encontrará seus pares da Otan e deve jantar com representantes dos 27 países-membros da União Europeia, aos quais se juntará a Suíça.
"Este encontro vai reunir novamente os EUA com a Europa e consolidar verdadeiramente a enorme boa vontade dos dois lados do Atlântico", declarou o secretário de Estado adjunto interino para Assuntos europeus, Daniel Fried.
"A ideia é desenvolver um programa em comum. Não um programa americano, mas transatlântico", acrescentou, citando a situação no Afeganistão e as relações com a Rússia entre os temas a serem abordados.
Em Genebra, a secretária de Estado encontrará em seguida pela primeira vez seu colega russo, Sergueï Lavrov.
O objetivo é "aproveitar a ocasião da chegada de uma nova administração americana para antecipar inúmeros assuntos nos quais os EUA e a Rússia têm interesses comuns", segundo Fried.
Esta viagem dará também oportunidade a Hillary Clinton de se dar conta da situação no Oriente Médio, em sua ida terça e quarta-feira a Jerusalém e a Ramallah.
Sexta-feira, ela pediu a Hamas que renuncie à violência, reconheça Israel e respeite seus compromissos anteriores", principalmente os dos acordos de Oslo.
A secretária de Estado encontrará o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, o presidente Shimon Peres, a chefe da diplomacia Tzipi Livni e o chefe da oposição Benjamin Netanyahu, encarregado de formar um novo governo, indicou o secretário de Estado adjunto no Oriente Médio interino, Jeffrey Feltman.
O processo de paz será evocado paralelamente à conferência de Sharm El-Sheik, que poderá dar chance a inúmeros encontros bilaterais, indicou.
Em Ancara, etapa final de seu giro, Clinton encontrará o presidente turco Abdullah Gül, o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, e o chefe da diplomacia, Ali Babacan.