Um jovem etíope refugiado nos Estados Unidos, portador de doença mental e do vírus HIV, enviou no fim de dezembro três cartas, uma delas ao presidente Barack Obama, com sangue seco contaminado, segundo documentos da justiça aos quais teve acesso a AFP.
O homem foi detido sem resistência em 29 de dezembro em Springfield (Illinois, norte dos EUA), e admitiu ter "colocado dentro do envelope um pó laranja, seu próprio sangue, uma foto dele tirada em Bali, na Etiópia, um ingresso para a noite eleitoral em Grant Park (Chicago) no dia 4 de novembro, e outros documentos", especificou o agente encarregado da investigação.
Após análise, descobriu-se que o sangue seco era inofensivo.
O refugiado explicou aos investigadores que "cortou deliberademente o dedo com uma lâmina de barbear para sangrar sobre a carta". Ele também disse que está muito doente e alegou que "é uma boa forma de conseguir ajuda do governo".
Outras duas cartas contendo o mesmo pó de sangue seco foram recebidas em 31 de dezembro de 2008. Uma delas era destinada a "Emanuel", em uma possível referência a Rahm Emanuel, chefe de gabinete da Casa Branca, e a outra à "divisão dos idosos" de Illinois. No entanto, ao ser interrogado, o homem negou ter enviado estas duas cartas.