O presidente Hugo Chávez e seus ministros prometeram nesta sexta-feira "aprofundar" o socialismo na Venezuela, por ocasião de uma cerimônia religiosa organizada para celebrar o 20º aniversário do 'Caracazo', uma onda de violentos protestos cuja repressão deixou 276 mortos.
No entanto, segundo defensores dos direitos humanos, a repressão dos protestos deflagrados em 27 de fevereiro de 1989 pelo aumento dos preços da gasolina e das tarifas do transporte, a primeira medida de um pacote econômico lançado pelo então presidente Carlos Andrés Perez, deixou cerca de mil mortos.
Chávez, que considera o 'Caracazo' o ponto de partida da "revolução bolivariana", leu um salmo do profeta Isaias e sentenciou que "o reino de Deus na terra é o socialismo".
A cerimônia também serviu de pretexto para que todos os ministros jurassem lealdade ao presidente venezuelano e a sua proposta de socialismo.
"Juro por Deus que não darei descanso à minha alma, ao meu braço ou à minha mente até que não tenha aprofundado o socialismo de que precisamos, e que acompanharei com lealdade este comandante-em-chefe que Deus nos trouxe para levar adiante o socialismo de que precisamos. Antes morto do que traidor", repetiram os ministros em seu juramento.