CALI - Uma guerrilheira do colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) desertou com outros 15 companheiros, entre eles um menor de idade, depois de dopar com uma erva sonífera os chefes que os vigiavam, revelou a própria fugitiva à imprensa, apresentada pelo exército nesta terça-feira (24/02).
Identificada apenas pelo apelido "Pilar", a mulher contou ter tomado a decisão de desertar depois que o ELN matou sua mãe, seus dois irmãos e seu marido, a quem acusava de colaborar com o exército colombiano, sem indicar a data da chacina.
Pilar disse ter usado uma grande quantidade de folhas de uma planta, conhecida popularmente pelo nome de 'dorminhoca', para fazer com que seus comandantes adormecessem.
Ela lamenta apenas ter deixado para trás a filha, de quatro anos, que havia sido tirada dela ainda recém-nascida pelos guerrilheiros.
A ex-guerrilheira e seus companheiros caminharam durante cerca de dois dias pela selva, quando finalmente encontraram uma patrulha do exército, no departamento de Nariño, na fronteira com o Equador, e se entregaram.
O general Justo Eliseo Peña, comandante da terceira Divisão do Exército na cidade de Cali (450 km a sudoeste de Bogotá), para onde os ex-combatentes foram levados, explicou que o grupo não foi apresentado à imprensa antes a pedido dos próprios.