MOSCOU - O ex-proprietário do grupo petroleiro russo Yukos, Mikhail Khodorkovski, preso na Sibéria, foi transferido para Moscou para um novo julgamento a partir de 3 de março, anunciou a porta-voz do tribunal municipal moscovita, Anna Ussasheva.
"O tribunal de Khamovniki de Moscou foi informado da transferência para Moscou de Khodorkovski e de seu antigo sócio, Platon Lebedev", declarou a porta-voz.
Condenados em 2005 por fraude fiscal e estelionato, Khodorkovski e Lebedev, que cumprem pena na Sibéria, perto da fronteira com a China, serão julgados novamente por malversação de bens e recursos e operações financeiras ilegais.
Khodorkovski foi condenado a oito anos de prisão em 2005 por um caso que, segundo analistas internacionais, foi puramente político.
O ex-proprietário da Yukos e o sócio são acusados de operações ilegais avaliadas em 896 bilhões de rublos (25 bilhões de dólares no câmbio atual) entre 1998 e 2003.
A promotoria anunciou a abertura da nova investigação em fevereiro de 2007 contra aquele que foi o homem mais rico da Rússia.
A defesa de Khodorkovski havia ameaçado boicotar o julgamento se o cliente não fosse transferido para Moscou.
Em 2008, a justiça russa negou a concessão de uma libertação anticipada que poderia beneficiar o empresário após o cumprimento de metade da pena e justificou a decisão com um argumento surpreendente e inusitado: Khodorkovski não tinha as mãos nas costas durante um passeio pelo pátio da penitenciária.