BERLIM - Os líderes europeus do G20 concluíram neste domingo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve contar com pelo menos 500 bilhões de dólares para impedir futuras crises financeiras, afirmou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
"Decidimos que as instituições internacionais devem ter 500 bilhões de dólares para permitir a elas não apenas enfrentar as crises, como também impedi-las", disse Brown em uma entrevista coletiva à imprensa, após se reunir com outros líderes europeus em Berlim.
"Estamos propondo hoje um fundo do FMI de 500 bilhões de dólares que o permita não apenas enfrentar as crises, como também impedi-las", indicou Brown, ao ser consultado sobre a crise bancária na Europa Central e do Leste, onde várias moedas se desvalorizaram fortemente e há o temor de uma onda de moratórias.
"Precisamos de uma ação internacional para ajudar os bancos da Europa Central e do Leste", onde vários bancos da Europa Ocidental estão fortemente expostos, acrescentou Brown, ressaltando que esse problema poderia ser resolvido por um FMI fortalecido.
Na declaração final da cúpula, os líderes europeus pediram especificamente a duplicação dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) "para permitir a ajuda a seus membros de maneira rápida e flexível quando passarem por dificuldades em seu balanço de pagamentos".
O FMI advertiu em várias oportunidades que sua capacidade de ajudar membros em dificuldades poderá se esgotar caso a atual crise econômica se mantenha.
O Japão já anunciou que emprestaria ao FMI até 100 bilhões de dólares.
A chanceler alemã, Angela Merkel, convidou para uma reunião seus colegas de França, Grã-Bretanha, Itália, Espanha e Holanda para deixar de lado recentes divergências e aproximar posições antes da cúpula do G20, que reunirá no dia 2 de abril em Londres os líderes dos principais países industrializados e emergentes. lbc/dm