O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado (21/02) que seus adversários têm um plano para envolvê-lo com o tráfico de drogas para deflagrar um golpe de Estado, antes das eleições gerais de 26 de abril, quando tentará a reeleição.
"De repente criam uma trama 'narcopolítica' e conseguem um testa de ferro que afirme: dei a Correa 500 mil dólares dos Ostaiza (traficantes). "O povo pode acreditar e derrubar minha popularidade, permitindo um golde de Estado".
"No Equador a democracia está em perigo. Há gente que não quer as eleições de 26 de abril, e a América Latina precisa ficar atenta", disse Correa em seu programa semanal de rádio e TV.
Segundo o presidente, os golpistas são "a imprensa corrupta", aliada a grupos de poder econômico e a partidos políticos que estão interessados em derrubá-lo, inventando um envolvimento com o tráfico de drogas.
Correa se referia à investigação iniciada pela Procuradoria para determinar a suposta relação do ex-secretário José Chauvín com o cartel liderado pelos irmãos Ostaiza para traficar drogas com a guerrilha colombiana das FARC.
Chauvín nega as acusações de narcotráfico, mas admite que tinha uma estreita amizade com Rául Reyes, o líder das Farc morto no ano passado pelas forças colombianas, durante uma incursão no Equador.