Companhias dispostas a construir usinas nucleares nos Estados Unidos precisarão, a partir de agora, apresentar projetos pensados para limitar os danos de eventuais choques de aeronaves de grande porte, informou nesta quarta-feira a Comissão Reguladora Nuclear (NRC, na sigla em inglês).
A instituição destas normas tem como objetivo evitar uma catástrofe em potencial, caso haja um ataque terrorista como o do 11 de setembro de 2001, quando três aviões se chocaram contra o World Trade Center, em Nova York, contra um reator nuclear.
Após dois anos de deliberações, a NRC aprovou a nova regulação na terça-feira, indicou nesta quarta Scott Burnell, porta-voz do órgão.
"Esta é uma abordagem consensual para responder a uma questão levantada com os trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001", declarou, por sua vez, o presidente da NRC, Dale Klein.
Para seguir as novas normas, as empreiteiras deverão construir sistemas de refrigeração capazes de funcionar e manter a fissão nuclear de maneira estável caso uma aeronave comercial de grande porte se choque com a usina.
As regras já serão levadas em conta no processo de avaliação de três projetos para a construção de reatores, que a NRC analisa neste momento.
Um novo reator não é construído nos Estados Unidos desde o grave acidente na usina de Three Mile Island, em 1979.
A nova legislação, no então, não se aplicará às 104 usinas atualmente em atividade no país, que são responsáveis por cerca de 20% de toda a eletricidade consumida pelos americanos.