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Italianos vão ao Congresso e dizem que vão esperar por decisão do STF sobre Battisti

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Deputados italianos se reuniram nesta quarta-feira com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para discutir a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-ativista Cesare Battisti. Apesar de reconhecer que a definição sobre a extradição de Battisti será definida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), os parlamentares estão dispostos a agir politicamente se o tribunal negar a extradição. "Agora, o caso está nas mãos do Supremo Tribunal. Devemos esperar o STF e depois olhar o que deve acontecer. A solução política depende do juízo do tribunal", disse o deputado italiano Domenico Scilipoti, que presidente a Associação Brasil-Itália na Câmara dos Deputados italiana. No encontro com Sarney, os parlamentares quiseram saber detalhes da postura adotada pelo STF em julgamentos de casos políticos. O senador César Borges (PR-BA), que participou do encontro, disse que o presidente do Senado foi enfático ao afirmar que as decisões do Supremo não são influenciadas por posições políticas. "Os deputados questionaram se há influência política na decisão do Supremo, mas o presidente Sarney disse que o órgão é totalmente independente", afirmou Borges. Dois grupos de deputados italianos em visita ao país, um em evento oficial do Parlamento da Itália, outro em passagem extraoficial, já visitaram outras autoridades brasileiras, como o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o ministro da Justiça em exercício, Pedro Abramovay, para tratarem do caso Battisti. Nos encontros, os dois grupos reafirmaram a posição do governo da Itália pela extradição de Battisti --contrária à decisão do ministro Tarso Genro (Justiça) de conceder refúgio político ao ex-ativista.