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Gabinete de segurança israelense vincula trégua à libertação de Shalit

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JERUSALÉM - O gabinete israelense de segurança condicionou a conclusão de uma trégua com o Hamas na Faixa de Gaza à libertação do soldado Gilad Shalit, indicou nesta quarta-feira (18/02) o ministro do Interior, Meir Sheetrit, à saída de uma reunião convocada para tratar desse assunto. "O gabinete de segurança decidiu por unanimidade que a libertação do soldado é a condição para qualquer acordo com o Hamas", afirmou Sheetrit. "Seria impensável alcançar um acordo, por meio d Egito ou não, sem a libertação de Gilad Shalit", insistiu. Na véspera, o líder do movimento radical palestino Hamas no exílio, Khaled Mechaal, acusou Israel de bloquear os esforços do Egito para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza ao exigir que esta seja vinculada à liberação do soldado Shalit. "Responsabilizaremos Israel por obstruiar o esforço do Egito para alcançar a trégua, ao acrescentar uma condição de último minuto", declarou Mechaal ao término de uma reunião em Damasco com o secretário da Liga Árabe, o egípcio Amer Musa. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, repetiu na terça-feira que só haverá um acordo sobre a reabertura dos pontos de passagem para a Faixa de Gaza se for libertado o soldado Shalit. O presidente do Egito, Hosni Mubarak, por sua vez, se recusou a vincular o futuro do soldado israelense Gilad Shalit, capturado em 2006 na fronteira com a Faixa de Gaza, a uma trégua no território controlado pelo Hamas. "O Egito não mudará de posição a respeito da trégua. O tema do soldado israelense Gilad Shalit é um assunto separado que não pode, de maneira nenhuma, ser vinculado às negociações sobre a trégua", afirmou o presidente.