A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, declarou na noite desta segunda-feira (16/2) em Jerusalém que Israel precisa aplicar o plano de paz lançado em novembro de 2007 na conferência internacional de Annapolis, nos Estados Unidos.
"Temos que avançar na direção da paz segundo o plano de Annapolis", afirmou Livni, chefe do partido Kadima (centro), diante da Conferência dos presidentes das organizações judaicas americanas.
"Se não aplicarmos esse plano, não poderemos contar com a cooperação internacional para resolver problemas relacionados ao Irã, ao Hezbollah ou ao Hamas", acrescentou.
"A maioria dos israelenses entende que para que Israel continue sendo um Estado judeu e independente, será preciso, no fim das contas, dividir os territórios (ocupados). É possível negociar lutando ao mesmo tempo contra o terrorismo", prosseguiu.
O processo de paz lançado em Annapolis tem como objetivo estabelecer uma coexistência pacífica entre dois estados, um israelense e outro palestino. Poucos progressos foram registrados desde então.
Livni briga pelo poder em Israel, pois dirige o partido que venceu as legislativas de 10 de fevereiro conquistando 28 cadeiras no Parlamento. No entanto, seu principal adversário, o líder do Likud (direita, 27 cadeiras) Benjamin Netanyahu, pode contar com o apoio de vários movimentos religiosos e de direita para formar uma coalizão de governo.