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Atentados e ataques deixam 27 mortos no Afeganistão

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HERAT - Vinte e sete pessoas, incluindo nove civis e um soldado da Otan, morreram em atentados e ataques nas últimas horas no Afeganistão, anunciaram fontes militares e oficiais. No atentado mais grave, em uma estrada que liga Kandahar a Oruzgan (sul), uma bomba explodiu na passagem de um veículo que transportava civis. Cinco morreram e um ficou ferido. As vítimas eram funcionários da empresa de telefonia móvel AWCC. Nas mesmas circunstâncias, três operários de uma empresa de construção morreram e três foram feridos na província de Kunar, perto da fronteira com o Paquistão. Um nono civil faleceu no domingo à noite na explosão de uma bomba em Kandahar. Um soldado da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan faleceu nesta segunda-feira na explosão de um foguete na região leste do país, informou a Isaf, que não revelou a nacionalidade da víctima. Além disso, 10 talibãs morreram em um bombardeio aéreo das forças americanas no domingo à noite na região noroeste do Afeganistão, anunciaram fontes militares. Os 10 insurgentes estavam em um edifício na província de Badghis, noroeste do país, perto da fronteira com o Turcomenistão, informou o exército dos Estados Unidos em um comunicado. Entre os mortos está o mulá Dastagir, "responsável pelo aumento da violência nos últimos meses na província de Badghis", segundo a nota oficial. "Em novembro, organizou um ataque contra um comboio do exército afegão no qual morreram 13 soldados". O chefe de polícia da província, Sayed Ahmad Sameh, confirmou à AFP o ataque aéreo e a morte de 10 talibãs, incluindo os líderes dos insurgentes, o mulá Dastagir e o mulá Baz Mohamad. Outros sete insurgentes morreram uma operação do Exército afegão na província de Helmand, segundo o ministério da Defesa. Apesar da presença no Afeganistão de 70.000 soldados estrangeiros, a insurgência afegã ganhou força nos últimos dois anos. Entre os grupos insurgentes figuram os talibãs, fundamentalistas islâmicos que no fim de 2001 foram expulsos do poder em Cabul por uma coalizão militar dirigida pelos Estados Unidos.