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Congo: rebeldes ugandeses mataram mais de 865 civis em duas semanas

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KINSHASA - Mais de 865 civis foram assassinados pela rebelião ugandesa do Exército de Resistência do Senhor (LRA) entre o Natal de 2008 e metade de janeiro de 2009 no nordeste da República Democrática do Congo (RDC, antigo Zaire), afirma a ONG Human Right Watch (HRW). Entre 24 de dezembro de 2008 e 17 de janeiro de 2009, o LRA "massacrou mais de 865 civis e sequestrou pelo menos 160 crianças" no distrito de Haut-Ueleh (província oriental, nordeste da RDC), segundo o documento que tem como título "As matanças de Natal". "Os ataques mais terríveis aconteceram no dia de Natal", afirma a ONG de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York, com base nos depoimentos de "dezenas de vítimas e testemunhas". Os ataques foram executados 10 dias depois que os Exércitos congolês, ugandês e do sul do Sudão iniciaram uma operação militar conjunta para capturar o líder do LRA, Joseph Kony, sem êxito até o momento. O LRA se nega a ratificar um acordo de paz assinado em abril de 2008 em Kampala, que pretendia concluir um processo iniciado em 2006 para acabar com 20 anos de guerra civil no norte de Uganda.