Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, inscreveu nesta quarta-feira sua candidatura à reeleição para as eleições de abril. Correa disse confiar na permanência no cargo, mas advertiu os partidários sobre o "excesso de confiança". Acompanhado de cerca de 300 simpatizantes e dezenas de escoltas, Correa caminhou um quilômetro da sede de seu partido Aliança País até o Conselho nacional Eleitoral, para inscrever-se. Estava ao lado de Lenin Moreno, que busca manter-se na vice-presidência. A dupla assumiu em janeiro de 2007, mas a nova Constituição aprovada em referendo em setembro estabeleceu novas eleições para 26 de abril.
O presidente não está obrigado a renunciar durante a campanha eleitoral. "Sabemos do imenso apoio que gozamos graças a Deus e à generosidade do povo equatoriano, mas devemos atuar como se não tivéssemos nem um voto, evitando o excesso de confiança", disse. Correa não deve ter adversários capazes de ameaçar sua permanência no posto. Em caso de vitória, seu mandato irá até 2013 e ele poderá ainda buscar uma nova reeleição.
Até agora estão inscritos na disputa pela presidência Martha Roldós, Carlos González e Luis Fernando Torres, os três representando pequenos movimentos cidadãos. Caso nenhum concorrente obtenha 50% mais um dos votos, está previsto um segundo turno para junho. Após dois anos de governo, Correa, um economista de 45 anos, tem popularidade de 70%, de acordo com pesquisas de janeiro. Ele se define como um cristão de esquerda e diz querer levar o país ao "socialismo do século 21", como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.