Os eurodeputados pediram nesta terça-feira aos países da União Européia (UE) que ajudem o presidente americano, Barack Obama, a fechar o centro de detenção de Guantánamo, acolhendo seus presos.
Em um projeto de resolução comum, discutido hoje em Estrasburgo e cuja adoção está prevista para quarta-feira, as grandes bancadas do Parlamento Europeu fazem um apelo aos países do bloco para que "cooperem para encontrar soluções e que estejam dispostos a aceitar presos de Guantánamo na UE", se Washington assim pedir.
De acordo com a eurodeputada Sarah Ludford, o envolvimento dos europeus nesse delicado tema se justifica por razões "humanitárias e judiciais".
"Falamos de um punhado de pessoas a acolher em cada Estado. Os países europeus devem ter a coragem de se unir nessa questão", defendeu a eurodeputada britânica.
Os governos europeus comemoraram o fechamento de Guantánamo anunciado por Obama, mas apenas uma minoria - Portugal, Espanha, Itália e França - se declarou disposta a acolher prisioneiros.
A decisão de aceitar presos de Guantánamo será tomada em nível "nacional", mas os governos europeus se manifestaram em favor da idéia de uma "ação européia conjunta".
Uma delegação da UE liderada pelo comissário europeu de Justiça, Jacques Barrot, viajará ainda este mês para Washington, para tratar do problema jurídico que representam as 245 pessoas ainda detidas nessa base americana.