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OMS: crise pode aumentar doenças mentais e consumo de cigarro e álcool

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme que a crise econômica provoque um aumento "da ansiedade e das doenças mentais e um aumento do consumo de cigarro, de álcool e de outras substâncias nocivas". "Isso aconteceu no passado", afirmou a diretora da OMS, Margaret Chan, nesta segunda-feira, referindo-se às conseqüências, para a saúde, da crise econômica e financeira mundial. Os riscos de saturação das infra-estruturas públicas de saúde também são preocupantes, acrescentou Chan. "Em tempos de crise econômica, as pessoas tendem a se afastar do setor privado de saúde para recorrer mais aos serviços públicos. Essa tendência surge, no momento em que o setor de saúde pública já está amplamente saturado e com insuficientes recursos em muitos países", destacou. "Em muitos países mais pobres, mais de 60% das despesas de saúde são feitas no setor privado (...) A recessão econômica aumenta o risco de ver as pessoas negligenciarem sua saúde e deixar a prevenção de lado", advertiu Chan. Para o representante do Banco Mundial na ONU, Richard Newfarmer, quase 60 milhões de pessoas não conseguirão sair da pobreza se o crescimento cair pela metade nos países em desenvolvimento, em 2009. Segundo ele, os governos vão aumentar seu déficit orçamentário para apoiar a economia, temporariamente. Em função disso, corre-se o risco de, até 2011, precisarem adotar medidas de austeridade para recuperar seu equilíbrio financeiro, em detrimento das despesas sociais. "A manutenção da ajuda ao desenvolvimento dos países industrializados é muito importante para frear esse tendência", afirmou.