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FBI está preocupado com ameaça de 'apocalipse cibernético'

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NOVA YORK - Os ataques informatizados representam a maior ameaça para os Estados Unidos, depois da guerra nuclear e das armas de destruição em massa, e são cada vez mais difíceis de impedir, segundo especialistas da Polícia Federal americana (FBI). Shawn Henry, diretor adjunto da divisão informática do FBI, considerou na terça-feira durante uma conferência em Nova York que esses ataques representam "o maior risco para a segurança nacional, depois das armas de destruição em massa e de uma bomba em uma de nossas metrópoles". "A ameaça que pesa sobre nossa infra-estrutura, nossos serviços de inteligência e nossos sistemas de informática é imensa", avisou. Os peritos americanos chegaram a utilizar o termo de "cybergeddon", ou apocalipse cibernético, uma situação em que uma sociedade avançada - onde tudo o que é importante é ligado, ou até controlado, pelos computadores - é sabotada por piratas. Michael Balboni, secretário-adjunto de segurança pública do estado de Nova York, descreveu este "apocalipse" como "uma ameaça imensa" contra toda a sociedade, as instituições bancárias e aos sistemas municipais de monitoramento das represas. Segundo Henry, os grupos terroristas estão tentando criar um 11 de setembro virtual, "infligindo ao nosso país, aos nossos países e a todas nossas redes, o mesmo tipo de danos que já nos atingiram em 11 de setembro de 2001", com os atentados em Nova York e Washington. Mesmo se um ataque informatizado dessa amplitude nunca aconteceu nos Estados Unidos, a pirataria informática, antigamente dominada apenas pelos mais experientes, está se desenvolvendo rapidamente como ferramenta de guerra em todo o mundo. Assim, 'hackers' (piratas) russos teriam atacado redes internet na Estônia e na Geórgia no ano passado, e simpatizantes palestinos conduziram ataques cibernéticos contra centenas de sites israelenses nos últimos dias. Após anos lutando contra os criminosos da internet, o FBI e os serviços de segurança de outros países sabem, agora, que os hackers são os inimigos mais difíceis de pegar. "É muito complicado pegá-los. Eles são portadores de simples 'chips' que lhes permitem transferir dinheiro para qualquer lugar do mundo", acrescentou. Christopher Painter, um perito do FBI especializado nas redes de cooperação internacional, destacou que um dos pontos fracos da luta pela segurança em informática é a invisibilidade da ameaça. "Não é como um incêndio. Muitas vezes, descobrimos que uma empresa foi atacada antes mesmo dos próprios dirigentes ficarem sabendo", ressaltou.