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Síndrome da Fadiga Crônica pode estar ligada a traumas da infância

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WASHINGTON - Adultos que sofreram traumas emocionais ou físicos em sua infância têm seis vezes mais possibilidades de padecer da Síndrome da Fadiga Crônica, segundo um estudo divulgado na revista americana Archives of General Psychiatry. "O estresse na infância, combinado com fatores de risco, desencadeia a Síndrome da Fadiga Crônica devido a seus efeitos sobre os sistemas neuro-endócrino, nervoso central e imunológico", assinalam os autores da pesquisa. Esta síndrome afeta 2,5% dos adultos nos Estados Unidos e as causas de seu desenvolvimento ainda são desconhecidas. "No entanto, obviamente nem todas as pessoas que estiveram submetidas a situações estressantes em sua infância desenvolvem esta síndrome na idade adulta; por isso é importante compreender as diferentes vulnerabilidades nos efeitos do estresse", acrescentam os pesquisadores, entre eles Christine Heim, da Faculdade de Medicina Emory de Atlanta (Geórgia). O estudo se baseou em 113 pacientes que sofrem de fadiga crônica e 124 indivíduos com boa saúde. Os participantes foram selecionados entre 19.381 adultos vítimas de traumas físicos ou emocionais, ou de negligência durante sua infância. Os indivíduos foram submetidos a exames para determinar se sofriam de depressão, ansiedade ou estresse pós-traumático. Também se avaliou o nível de cortisol na saliva. Um nível baixo desse hormônio indica uma redução da atividade do principal sistema neuro-endócrino de resposta ao estresse. O estudou revelou que os pacientes com fadiga crônica tiveram uma exposição maior a traumas infantis e que esta exposição aumenta em seis vezes o risco de sofrer de fadiga crônica na idade adulta.