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Exército do Sri Lanka toma linha de defesa chave dos Tigres Tâmeis

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COLOMBO - As tropas governamentais cingalesas assumiram nesta terça-feira (06/01) uma linha de defesa chave da guerrilha separatista tâmil na península de Jaffna, extremo norte da ilha, matando dezenas de rebeldes, informou o ministério da Defesa. A guerrilha dos Tigres para a Libertação da Pátria Tâmil (TLET) está em "debandada total depois dos ataques de infantaria e de blindados apoiados pela artilharia" na entrada da península de Jaffna, afirma um comunicado do ministério. O Sri Lanka tomou na sexta-feira Kilinochchi, a "capital" política dos rebeldes tâmeis no norte do país, e pediu que a guerrilha entregue as armas, advertindo que se isso não acontecer ela será totalmente esmagada ainda este ano, depois de 37 anos de conflito separatista. A tomada de Kilinochchi é o ponto alto de uma ofensiva lançada em segredo em março de 2007, explicou o comandante do Exército cingalês, o general Sarath Fonseka. Apesar de os LTTE serem considerados uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Européia, agências das Nações Unidas e organizações humanitárias tiveram acesso a Kilinochchi até setembro de 2008, quando foram obrigadas a se retirar sob a pressão de Colombo. Os rebeldes controlam agora uma área de 40 km² na província de Mullaittivu, onde estão suas infra-estruturas militares, reconheceu o Exército. A tomada de Kilinochchi constitui o pior revés para os separatistas tâmeis, após quase quatro décadas de conflito nesta ilha de 20 milhões de habitantes ao sudeste da Índia, colônia britânica até 1948. Os LTTE, hinduístas, lutam desde 1972 pela independência do norte e do nordeste do Sri Lanka, um país povoado por 75% de cingaleses budistas. Pelo menos 70.000 pessoas foram mortas desde o início do conflito, milhares delas desde a nova onda de violência que começou no fim de 2005, quando foi eleito o presidente nacionalista Rajapakse. O Sri Lanka sempre subestimou o poder ofensivo dos LTTE. O Exército acumula vitórias, mas enfrenta uma dura resistência dos Tigres liderados por Velupillai Prabhakaran, que prometeu em novembro expulsar os militares cingaleses. Além de atentados suicidas, os rebeldes conduziram ataques aéreos humilhantes contra infra-estruturas do Exército.