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Milhares de muçulmanos protestam em todo mundo contra ataques israelenses en Gaza

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Milhares de muçulmanos se manifestaram em todo o mundo após a oração desta sexta-feira contra os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 430 mortos em sete dias. Em Jacarta, na Indonésia, milhares de manifestantes carregavam bandeiras palestinas aos gritos de "Alá é grande", enquanto marchavam em direção à embaixada dos Estados Unidos. Em Cabul, no Afeganistão, entre 2.500 e 3.000 pessoas, segundo a polícia, se concentraram ao redor de uma mesquita, onde queimaram bandeiras de Israel, dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, além de fotos do presidente americano George W. Bush e do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert. Em Teerã, milhares de pessoas levando fotografias de vítimas dos ataques a Gaza se manifestaram pedindo "Morte a Israel" e "Morte aos Estados Unidos". O chefe da diplomacia iraniana, Manuchehr Mottaki, pediu na oração desta sexta-feira o fim imediato dos ataques israelenses. No centro histórico de Istambul, na Turquia, milhares de pessoas protestaram em frente a uma mesquita, onde também queimaram bandeiras israelenses aos gritos de "Israel assassino, fora da Palestina" e "Muçulmano, não durma, proteja a Palestina". Em Beirute, no Líbano, centenas de manifestantes seguiram pelas ruas em direção à embaixada do Egito, levando caixões simbólicos envoltos em panos negros, nos quais se lia: "Estamos todos em Gaza". Partidários do grupo radical islâmico Hamas também organizaram uma passeata em Ain Helué, o maior campo de refugiados palestinos do Líbano, onde vivem 45.000 pessoas. Crianças foram caracterizadas como combatentes do Hamas, com cinturões de explosivos falsos presos ao corpo, enquanto outras carregavam representações de foguetes Qasam. Em Amã, na Jordânia, a polícia precisou usar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os 2.500 manifestantes que tentavam se aproximar da embaixada de Israel, lançando pedras contra os agentes de segurança, enquanto gritavam: "não à embaixada sionista em território árabe". Outro protesto na capital jordaniana reuniu cerca de 40.000 pessoas em um estádio, segundo fontes de segurança. Os manifestantes levavam bandeiras da Palestina e fotos de líderes do Hamas, enquanto queimavam bandeiras israelenses e fotos de Bush. Também pediram ao rei Abdalah II que "expulse o embaixador de Israel e boicote o Estado judaico política e economicamente". Em Nairóbi, no Quênia, mais de 500 manifestantes se reuniram na saída da grande oração de sexta-feira na mesquita Jamia. Os protestos também aconteceram na Suécia, onde mais de mil pessoas, a maioria muçulmanos, marcharam pelas ruas de Estocolmo.