ROMA - O Programa Mundial de Alimentos (PMA) denunciou nesta sexta-feira (02/01) que a situação na Faixa de Gaza é "espantosa", uma semana depois dos bombardeios israelenses que provocaram a morte de quase 420 pessoas.
Em um comunicado divulgado por esta organização das Nações Unidas, cuja sede central fica em Roma, a entidade propôs a distribuição urgente de alimentos.
"A situação atual em Gaza é espantosa e está faltando alimentação básica", avisou Christine van Nieuwenhuyse, representante do PMA nos territórios palestinos. "Gaza precisa de cerca de 9 milhões de dólares para atender às necessidades básicas de alimentos", calculou a funcionária.
"Para aliviar o sofrimento das famílias que vivem perto das zonas afetadas pelos conflitos, a entidade colocou à disposição quinta-feira um programa de distribuição urgente em Beit Hanun" para 3.000 famílias, ou seja, quase 15.000 pessoas.
"Desde novembro de 2008, com a abertura das passagens fronteiriças, as famílias palestinas de Gaza sofrem com a deterioração drástica das condições de vida e com a redução da quantidade de alimentos no mercado, de combustível e gás de cozinha, além dos cortes freqüentes de energia elétrica", destacou o PMA.
"As dificuldades para garantir ajuda humanitária em Gaza nos últimos dois meses vêm reduzindo a possibilidade de abastecer os depósitos de alimentos do PMA, e tememos que as 3.300 toneladas armazenadas acabem em poucos meses", destacou o programa da ONU.