Os líderes israelenses decidiram rejeitar um pausa imediata de 48 horas nos combates e seguiram com a devastadora ofensiva aérea contra o Hamas, enviando jatos e helicópteros de assalto contra alvos determinados nesta quarta-feira em meio às fortes chuvas no quinto dia de ataques à Faixa de Gaza.
Israel enfrenta a crescente pressão internacional para paralisar a ofensiva. O primeiro-ministro Ehud Olmert discutiu uma proposta de cessar-fogo, apresentada pelo chanceler da França, com seus ministros da Defesa e das Relações Exteriores durante a noite. O encontro terminou com a decisão de continuar as operações, segundo autoridades do governo, e um fórum de ministros envolvidos com questões de segurança vai discutir a continuidade dos ataques hoje. As autoridades falaram sob a condição de anonimato porque o conteúdo do encontro era confidencial.
A escala de destruição em Gaza e o número de mortos que as autoridades de Gaza agora estimam em 374 desencadeou uma série de ações diplomáticas. Os pedidos por um cessar-fogo imediato vieram da União Européia, que solicitaram a pausa nas hostilidades na terça-feira, e do quarteto de poderes que tentam promover a paz no Oriente Médio - EUA, Nações Unidas, União Européia e Rússia. O presidente George W. Bush e a secretária de Estado Condoleezza Rice, dos EUA, também pediram que os líderes do Oriente Médio busquem uma solução durável.
O presidente moderado palestino, Mahmoud Abbas, deve se encontrar ainda hoje com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na Jordânia para discutir um cessar-fogo. Abbas também vai se reunir com o rei jordaniano Abdallah II.