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Israelenses vivem tensão à espera do próximo foguete

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As poucas pessoas que saem às ruas da cidade de Sderot, uma das mais atingidas por foguetes Kassam disparados pelo Hamas, estão apressadas e assustadas. Os carros são raros. Ao lado de todos os pontos de ônibus há abrigos de concreto. O alerta de ataque soa em intervalos de 20 minutos. A casa da família Abargil foi atingida por um foguete ontem. Shiraz, de 22 anos, estava dormindo quando ouviu o barulho da queda. "Pensei que o foguete cairia no meu quarto", conta. "Quando consegui me recompor, a primeira coisa que fiz foi procurar meus cinco irmãos. Fiquei desesperada até localizar todos." A família, jornalistas e curiosos reúnem-se no corredor da casa, que é o lugar mais seguro. Pouco depois, o estrondo da queda do foguete. O chão treme. Mais alguns segundos e outros dois estrondos. Os irmãos comentam: "Os dois primeiros caíram longe, mas o último foi aqui no bairro". Na rua em frente, agentes do governo avaliam os estragos. Eles farão um relatório e os moradores serão indenizados. Na esquina, outra casa atingida. Um morador foi ferido por um estilhaço no pescoço. O bairro ficou sem luz. Sderot é uma cidade pobre de 20 mil habitantes. Ontem, recebeu a visita de dois ministros israelenses: Shaul Mofaz, dos Transportes, e Meir Shitrit, do Interior. "Políticos não fazem nada. Quem está fazendo alguma coisa por nós é o Exército", disse um morador.