Os Estados Unidos declararam oficialmente apoio à ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, ignorando os apelos dos países árabes, mas indicaram, ao mesmo tempo, que Washington trabalhará nos bastidores para alcançar "um cessar-fogo duradouro".
A secretária de Estado americana Condoleezza Rice informou que se comunicava, por telefone, com líderes mundiais e diplomatas, numa tentativa de encontrar uma solução duradoura para a violência, que já deixou pelo menos 345 mortos em Gaza, segundo números oficiais.
O presidente americano, George W. Bush, permaneceu em seu rancho no Texas, mantendo-se o mais distante possível do assunto, mas por telefone discutiu a crise na Faixa de Gaza com o Rei Abdullah II da Jordânia, um dia depois de ter feito o mesmo com o Rei Abdullah da Arábia Saudita, segundo a Casa Branca.
"A mensagem do presidente para o Rei Abdullah, de modo geral, é que ele deseja ver o fim da violência, mas de modo que isso leve a uma solução duradoura e sustentável do conflito. Não podemos fazer com que a violência pare agora apenas para assistir a seu recomeço num futuro próximo", afirmou o porta-voz Gordon Johndroe.
Os dois reis árabes pressionaram Bush para que dê fim à "agressão israelense" em Gaza, como a operação militar é chamada no mundo árabe. Johndroe culpou os recentes ataques com foguetes do Hamas contra o sul de Israel, afirmando que isso serviu de estopim para o derramamento de sangue, defendendo a ofensiva israelense.
"Os Estados Unidos compreendem que Israel precisa agir para se defender", disse o porta-voz da Casa Branca. "Eles estão dando os passos que acreditam ser necessários para lidar com a ameaça terrorista".
"Para que a violência acabe, o Hamas deve parar de disparar foguetes contra Israel e aceitar e respeitar um acordo de cessar-fogo duradouro e sustentável", disse Johndroe. "É para isso que os Estados Unidos estão trabalhando", afirmou.