Subiu para 225 o número de mortos nos ataques de aviões de guerra israelenses, que arremessaram mais de 100 toneladas de bombas contra diversas unidades de segurança do grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, informou a autoridade de saúde de Gaza, Dr. Moaiya Hassanain. Segundo ele, mais de 400 pessoas ficaram feridas.
Informações anteriores indicavam pelo menos 205 mortos nos ataques. Os bombardeios provocaram pânico e confusão, com nuvens negras cobrindo Gaza. Alguns dos mísseis teriam atingido regiões densamente povoadas, onde crianças saíam das escolas.
O Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza em junho de 2007, afirmou que todas as instalações de segurança foram atingidas e, em resposta, atirou ao menos 50 mísseis contra Israel, atingindo regiões mais distantes da fronteira de Israel. Um israelense foi morto e pelo menos seis ficaram feridos.
Relações conflituosas - Israel deixou Gaza em 2005 após 38 anos de ocupação, mas a retirada não melhorou a relação do país com os palestinos no território como as autoridades israelenses esperavam. Ao invés disso, a retirada foi sucedida por aumento nos ataques de militantes contra comunidades na fronteira com Israel, provocando resposta do exército israelense.
O último ataque de Israel, ocorrido entre o final de fevereiro e o início de março deste ano, levou ambos lados a propor um cessar-fogo, que durou seis meses e começou a ruir em novembro.
Com 200 ataques de morteiros e mísseis contra a fronteira israelense desde que o cessar-fogo acabou, na semana passada, e 3 mil desde o início do ano, a pressão cresceu em Israel para uma ação militar. Os líderes israelenses fizeram várias ameaças nos últimos dias e consideram o Hamas responsável pela situação.