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ONU está preocupada com 'tráfico de serem humanos' no Iraque

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BAGDÁ - O representante especial da ONU no Iraque, Staffan de Mistura, manifestou nesta quinta-feira (11/12) séria preocupação com o "tráfico de seres humanos" organizado por prestadores de serviços estrangeiros no Iraque. "A Missão de assistência das Nações Unidas para o Iraque (Manui) leva muito a sério as alegações de tráfico de seres humanos organizado por prestadores de serviços no Iraque e se preocupa com as condições de vida difíceis das vítimas", declarou Mistura em comunicado. "Os casos do aeroporto internacional de Bagdá tiveram repercussão graças à imprensa, mas há outros casos, dos quais alguns foram levados à justiça e esperamos que sejam julgados segundo as leis internacionais do trabalho", acrescentou. O chefe do Escritório dos Direitos Humanos da Manui, Olivier Bercault, indicou que mil operários do Sri Lanka, da Índia, do Nepal e do Paquistão, chegaram há quatro meses para trabalhar no Iraque. "Eles pagaram intermediários em seus países entre 2.000 e 5.000 dólares, o que representa uma soma considerável. O passaporte deles foram confiscados assim que chegaram", disse, acrescentando que seus salários devem ser de aproximadamente 400 dólares. Segundo ele, o exército americano e o KBR, um dos principais prestadores de serviços usados no Iraque, abriram uma investigação porque "estão muito preocupados com este tipo de problema". Milhares de indonésios, paquistaneses, filipinos e cidadãos de países asiáticos trabalham em bases americanas. Eles trabalham na cozinha, no transporte ou atividades de logística. "Estamos muito preocupados com a situação dessas pessoas", indicou Bercault. "Podemos legitimamente pensar que há outros casos além dos casos do aeroporto", acrescentou.