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Fronteira da África do Sul com o Zimbábue é declarada zona de catástrofe pelo cólera

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MUSINA - A África do Sul declarou a região norte do país, que faz fronteira com o Zimbábue, "zona de catástrofe" pela propagação da epidemia de cólera. "O governo provincial decidiu declarar zona de catástrofe toda a região de Vhembe", afirmou o porta-voz da administração local, Mogale Nchabeleng. "Isto permitirá driblar a burocracia e responder de modo mais rápido às necessidades", acrescentou o porta-voz, que citou o aumento da ajuda financeira. Milhares de zimbabuanos estão fugindo para os países vizinhos para evitar a epidemia de cólera, que já matou 775 pessoas no país, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A epidemia já afeta a África do Sul, onde oito pessoas, incluindo dois cidadãos sul-africanos, morreram e 664 já receberam atendimento médico, segundo as autoridades. O rio Limpopo, que corta os dois países, foi contaminado pelo cólera. "Estas pessoas vêm enfermas e devem ser tratadas", disse Nchabaleng, antes de destacar que chegada de zimbabuanos representa uma "pressão para as infra-estruturas médicas". "Certamente teremos problemas", completou, antes de afirmar que os doentes devem comparecer o mais rápido possível aos hospitais para receber atendimento médico. A epidemia de cólera está em expansão desde agosto no Zimbábue, em conseqüência do precário sistema de saúde e da frágil rede de distribuição de água do país. A crise humanitária se soma ao marasmo econômico e à crise política. O presidente Robert Mugabe e a oposição não conseguem concretizar um acordo para a divisão do poder por divergências sobre a atribuição de pastas ministeriais.