O United Auto Workers (UAW), união sindical da indústria automobilística americana, se declarou disposto a fazer concessões significativas para ajudar a resgatar as três maiores montadoras do país, indicou seu presidente nesta quarta-feira.
"Estamos dispostos a dar mais um passo", declarou o presidente da UAW, Ron Gettelfinger, enquanto se preparava para ir ao Congresso ao lado de executivos da General Motors, da Ford e da Chrysler para pedir um pacote de resgate no valor de 34 bilhões de dólares.
A UAW já havia feito um movimento histórico em outubro, quando assinou com as montadoras um acordo permitindo uma redução dos custos com salários e benefícios.
Além disso, o sindicato também assumiu os gastos com os planos de saúde de seus membros aposentados, em mais um gesto para aliviar o setor automotivo americano, afundado em uma grave crise. Mesmo com todas as medidas, no entanto, dezenas de milhares de postos de trabalho já foram suprimidos na indústria; várias fábricas fecharam as portas.
Indagado sobre sua reação aos planos das montadoras de realizar novos cortes, principalmente a GM - que na terça-feira anunciou sua intenção de demitir 31.500 funcionários até 2012 - Gettelfinger respondeu que não insistiria contra medidas como essa. "Este é um assunto que precisamos superar", disse o presidente da UAW em Detroit. "Espero que consigamos fazer essa indústria crescer de novo".