Representantes de 100 países iniciaram nesta segunda-feira, em Roma, uma conferência sobre as medidas para reforçar a proteção a cerca de 30 espécies de animais em risco de extinção, como guepardos, baleias azuis e golfinhos do Mar Negro.
A IX conferência dos países membros da convenção da ONU sobre a conservação das espécies migratórias animais também examinará, até sexta-feira, na sede do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o caso dos peixes-boi, que vivem no Caribe, na costa leste da América do Sul e nos rios da Amazônia.
Os peixes-boi poderão entrar para a "lista 1" dos animais em perigo de extinção, ao lado de várias espécies de golfinhos. A ONU proclamará 2009 o "ano do gorila" e espera arrecadar mais de meio milhão de euros em doações para preservar este primata, quando restam menos de 6 mil indivíduos na África.
Durante a conferência na capital italiana também poderão entrar para a "lista 2", de animais ameaçados, três espécies de tubarões, que nos últimos anos sofreram uma redução de mais de 90% em suas populações devido à pesca.
Sete espécies de pássaros também são candidatas à proteção total da "lista 1" de animais sob risco de extinção, incluindo falcões do Cazaquistão e do Uzbequistão, que tiveram uma queda de 90% em suas populações naturais devido ao adestramento para caça.
O guepardo, o animal mais veloz na terra, com seus 120 km/hora, desapareceu de 18 países em um século. Atualmente, restam apenas 10.000 guepardos adultos na África e menos de 50 na Ásia, onde vivem no deserto iraniano.
"O mundo enfrenta a sexta onda de extinção de espécies animais de sua história, devido especialmente à atividade humana. É preciso acelerar nossa ação (...) se quisermos deixar o planeta em boa saúde para as futuras gerações", declarou Achim Steiner, diretor do programa das Nações Unidas para a Proteção do Meio Ambiente.