Carla Bruni-Sarkozy, esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy, que havia demonstrado, ao se tornar "primeira-dama", sua vontade de colocar a fama a serviço de causas humanitárias, anunciou nesta segunda-feira seu compromisso na luta contra a Aids, uma doença da qual ela também quer tirar os estigmas nos países em desenvolvimento.
Em entrevista à imprensa, ela confirmou seu engajamento na luta contra esta pandemia, enquanto "embaixadora mundial para a proteção das mães e de seus filhos contra a Aids", junto ao Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a tuberculose e a malária.
"Escolhi (...) tentar ajudar as mulheres e as crianças porque são, efetivamente, as vítimas mais vulneráveis", afirmou, durante uma entrevista à imprensa por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids - o primeiro na situação de primeira-dama, desde o casamento com Nicolas Sarkozy em fevereiro passado.
"Não me comprometo por acaso. O que faço hoje é o prolongamento de algo que já tenha feito com minha família e me sinto feliz em poder ir mais longe, graças a esta missão de embaixadora", declarou - em alusão à fundação que criou na Itália (e igualmente ativa na França), há três anos, após a morte de seu irmão Virginio, vítima da Aids.
Cerca de 300.000 crianças são contaminadas pelas mães todos os anos, segundo Michel Sidibé, próximo diretor-executivo da Onuaids, que participava da entrevista. Ora, um tratamento adequado permite reduzir este risco de 95 a 97%, lembrou.
Carla Bruni pretende, também ser muito ativa durante os deslocamentos oficiais que efetua ao lado do marido. Após a entrevista, o casal Sarkozy visitou o serviço de doenças infecciosas e tropicais de um hospital parisiense especializado na pesquisa e em cuidados aos pacientes contaminados pela Aids.