CARACAS - O governo colombiano mandou chamar seu cônsul em Maracaibo (Estado Zulia, oeste da Venezuela), Carlos Galvis, a pedido do presidente Hugo Chávez, que ameaçou, caso contrário, expulsá-lo, devido a comentários feitos pelo diplomata sobre as eleições regionais venezuelanas.
As observações do cônsul haviam sido efetuadas em um telefonema que teria sido grampeado pela equipe de Chávez.
O canal oficial VTV chegou a transmitir no sábado a conversa entre Galvis e José Obdulio Gaviria, assessor do presidente colombiano Álvaro Uribe.
Galvis afirmou na ocasião que o resultado eleitoral de 23 de novembro é considerado "estrategicamente favorável à oposição" e chamou de "especial amigo" o novo governador de Zulia, o opositor Pablo Pérez.
Galvis considerou a gravação de uma discussão privada como "uma violência". "Isso é uma clonagem das nossas discussões, um crime internacional, muito delicado", acrescentou.
As relações entre Colômbia e Venezuela sofreram uma clara deterioração depois que em novembro de 2007 Uribe decidiu prescindir da atuação de Chávez como mediador para uma possível troca de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por rebeldes presos.