Pelo menos 17 pessoas morreram e 6 ficaram feridas no mais violento confronto das últimas semanas entre forças somalis de segurança e militantes islâmicos em Mogadiscio. Um ataque promovido nesta sexta-feira (21/11) pelos insurgentes contra a residência de um funcionário do governo local deu início ao tiroteio de duas horas, disseram moradores de Mogadiscio.
Uma das testemunhas, que se identificou como Dahir Mohamed, disse ter visto pelo menos 15 corpos de jovens na rua logo depois do fim do confronto. Não se sabe se essas vítimas eram civis ou rebeldes envolvidos na troca de tiros. O oficial de polícia Abdinur Salad disse que dois soldados morreram e seis ficaram feridos no confronto.
Em dezembro de 2006, soldados somalis apoiados por forças etíopes expulsaram os milicianos islâmicos de Mogadiscio depois de eles terem controlado a capital somali durante seis meses. Desde então, os rebeldes islâmicos protagonizam uma insurgência concentrada em Mogadiscio durante a qual milhares de civis já morreram. Estima-se que metade dos 2 milhões de habitantes da capital somali tenha fugido da cidade nos últimos dois anos.
A Somália não tem governo central desde 1991, quando senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e depois se voltaram uns contra os outros. Um governo provisório apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) foi formado em 2004, mas encontra extrema dificuldade para impor autoridade.