Roma - A Corte de Apelação da Itália levantou nesta quinta-feira o último obstáculo que impedia, legalmente, o cessar da alimentação de uma mulher em coma desde 1992, conforme desejo de seu pai, anunciou a imprensa italiana.
Os magistrados consideraram "inadmissível" o recurso apresentado sobre o caso de Eluana Englaro, de 37 anos, em coma considerado irreversível desde 18 de janeiro de 1992, quando sofreu um acidente de trânsito.
A decisão judicial italiana autoriza, indiretamente, o desligamento dos tubos que a mantinham alimentada. O caso foi motivo de muita polêmica em toda a península e até o Vaticano chegou a qualificar de "eutanásia" a autorização do fim da alimentação forçada.
Segundo o pai de Eluana, que luta há anos para que o tratamento seja suspenso, sua filha "preferiria morrer a ser mantida viva artificialmente".