Estudantes, professores e pesquisadores foram convocados a uma greve sexta-feira nas universidades da Itália, em um novo dia de protesto contra o cortes orçamentários no setor decididos pelo governo de Silvio Berlusconi.
"Sempre que precisa de dinheiro, o governo corta os fundos dedicados às universidades e à pesquisa", denunciou Piergiorgio Strata, neurologista e diretor científico do Instituto Europeu de Pesquisas sobre o Cérebro (EBRI) de Roma.
O governo decidiu reduzir em quase 1,4 bilhão de euros os recursos alocados às universidades e à pesquisa durante os cinco próximos anos para sanar as financas públicas.
Diante da onda de protestos deflagrada no início de outubro, a ministra da Educação, Mariastella Gelmini, anunciou uma verba maior para as bolsas de estudos e um aumento das contratações de jovens pesquisadores.
"Esta resposta ainda está muito distante das reivindicações do mundo universitário", frisou a União dos Universitários (UDU), um dos principais sindicatos do setor.
A greve de sexta-feira deve ser observada na maioria das universidades do país, e uma manifestação nacional está prevista em Roma.