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Cerimônia oficial marca 13º aniversário do assassinato de Yitzak Rabin

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JERUSALÉM - Uma cerimônia oficial foi organizada em Israel para recordar o 13º aniversário do assassinato do primeiro-ministro Yitzak Rabin por um extremista judeu oposto ao processo de paz israelense-palestino. A cerimônia, realizada nesta segunda-feira (10/11) conforme o calendário hebraico, contou com a presença de várias personalidades, entre elas o presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro de transição Ehud Olmert. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, representante do Quarteto para o Oriente Médio, também assistiu à cerimônia. Yitzak Rabin foi assassinado com três tiros nas costas em 4 de novembro de 1995 em Tel Aviv depois de uma manifestação em favor da paz. Seu assassino, Ygal Amir, um extremista de direita oposto a qualquer concessão territorial aos palestinos, foi condenado à prisão perpétua. Ele nunca expressou arrependimento. "Os disparos covardes pela costas de Yitzak não assassinaram o caminho para a paz que ele traçou", declarou Shimon Peres. "Chegou a hora da verdade. A decisão deve ser tomada agora, sem pestanejar, antes que a situação mude completamente", afirmou, por sua vez, Ehud Olmert, referindo-se ao plano de dois Estados elaborado para acabar com o conflito israelense-palestino. "Se quisermos que Israel continue sendo um Estado judeu e democrático, temos que abrir mão de parcelas da nossa pátria e de bairros árabes em Jerusalém, e voltar ao Estado de Israel de 1967", prosseguiu. Olmert ainda qualificou Rabin de "homem político corajoso". A Knesset (Parlamento) realiza agora à tarde uma sessão especial em memória de Rabin.