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Parlamento iraniano força saída do ministro do Interior por mentira

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TEERÃ - O Parlamento iraniano aprovou nesta terça-feira (04/11) uma moção de censura do ministro do Interior, Ali Kordan, que perdeu o cardo de modo imediato, por ter mentido sobre seus diplomas, informou o presidente do Legislativo, Ali Larijani. A decisão é um golpe duro para o governo do presidente Mahmud Ahmadinejad, a sete meses das eleições presidenciais. A votação teve 188 deputados a favor da moção de censuram, 45 contra e 14 votos em branco. "Kordan não pode mais ser ministro do Interior", disse Larijani. Ahmadinejad criticou no domingo o procedimento parlamentar contra Kordan, que estava no cargo desde agosto, e pediu que o deixassem trabalhar. O ministro foi acusado de ter fraudado o diploma de um doutorado em Direito na prestigiosa universidade britânica de Oxford. Em setembro ele admitiu que era um diploma falso, mas se negou a renunciar. "Uma pessoa a cargo da segurança do país brincou com a confiança do Parlamento", afirmou de modo indignado Ebrahim Nekunam, um deputado conservador. Kordan já havia sido vice-presidente da TV pública da República Islâmica e funcionário dos ministérios do Trabalho e do Petróleo. O escândalo Kordan ganhou ares explosivos com a revelação da tentativa de um enviado do governo de pagar subornos de 5.000 dólares a deputados para que não apoiassem a moção de censura. Quando o assunto veio à tona, Ahmadinejad demitiu o funcionário. Kordan foi o segundo ministro obrigado a deixar o cargo. Se acontecer um terceiro caso, o chefe de Estado será obrigado a pedir um voto de confiança do Parlamento para todo seu governo. A situação seria comprometedora para Ahmadinejad, a sete meses da eleição presidencial, atualmente muito criticado dentro do país.